Programa Mudança Essencial – Alguns princípios para sua Transformação

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Princípios para sua Transformação

Mudar quando tudo parece estar bem faz parte de uma atitude madura e inteligente, de não deixar que tudo vire estagnação. Assim quando um relacionamento está aparentemente no auge, é nesse momento que se deve buscar sempre algo estimulante que deixe tudo sempre em pleno movimento. Quando a vida profissional está um sucesso, é a hora de buscar soluções criativas e novas possibilidades que deixem o negócio sempre pulsante.

Mudar quando tudo vai mal, é questão de sobrevivência. O tempo passa rápido e quando percebemos, estamos vivenciando algo limitador e frustrante durante meses ou mesmo anos. A mudança, como disse, é algo que pertence à natureza da vida. Precisamos entender esse movimento genuíno, para que possamos fluir pessoal e profissional. Mudar, além de ser essencial é algo natural e definitivamente não precisamos chegar à situação extrema do “não aguento mais” para tomar as atitudes que precisamos no sentido de buscarmos uma melhor qualidade de vida. Uma existência que flua de maneira mais leve e feliz.

A pergunta comum é: Como mudar, seguir em frente sem a certeza do brinde da vitória? Como lidar com o medo do fracasso, do insucesso ou até mesmo do sucesso?

A incerteza é uma lei, por mais que desejemos ter certeza que vamos atingir o alvo, não existe garantia. A certeza só vem para os que conseguem romper todas as barreiras da travessia incerta. Se permitir fazer mudanças é se deparar com um “território” desconhecido e totalmente fora da zona de conforto. Esse lugar de “não sei” nos obriga a crescer e se desenvolver. Mas ao ultrapassarmos as barreiras, quer reais ou imaginárias, a satisfação, o santo graal será o prêmio no caminho de volta para casa.

TRANSFORMAÇÃO CONSTANTE

Estamos em constante transformação. No universo sistêmico em que vivemos tudo se transforma, tudo está em movimento, as plantas, as células, os animais, o dia, a noite, até as estrelas mudam de lugar. Somente nós, seres humanos, dotados de inteligência e capacidade intelectual, bloqueamos o processo natural das mudanças.

Às vezes só permitimos que as mudanças, aconteçam de forma consciente quando o caos se instala e a vida parece se tornar insuportável. Claro que não é regra, há exceções. Algumas pessoas estão sempre procurando melhorar, se aperfeiçoar, seguir o fluxo.

Viver com intensidade é adentrar de corpo e alma na selva da vida. É preciso coragem para dizer sim, mergulhar na essência de nós mesmos e desvendar os mistérios do desconhecido. Viver pra valer é jogar o jogo diário e correr riscos. Sem coragem somos vencidos pelo medo, de ser, de ousar, de agir. Se assim fizermos, num futuro não muito distante, parodiaremos o poeta “Sou aquele que poderia ter sido e não foi” (Fernando Pessoa). Quantas vezes ouvimos de nossas próprias bocas: poderia ter ido, poderia ter feito, poderia ter amado, poderia…

“Ou mudamos ou a vida muda a gente”. O ciclo natural de mudanças acontece independente da vontade humana. Tudo na vida nasce, cresce, tem seu momento de maturidade, de colheita, estagnação e morte. Depois renasce e começa outra vez, assim é, queiramos ou não.

DESAPEGO

Mudar é algo da natureza da vida, tudo se transforma. As borboletas jamais se aventurariam no ineditismo do voo se tivessem um sistema de crenças que as prendessem no casulo.

Somos seres racionais, inteligentes, lógicos e justamente por conta de nossas incontáveis capacidades somos também apegados em ideias, emoções, crenças e valores, ou seja, apegados ao que já foi.

Pela dificuldade de desapegarmos queremos, muitas vezes, impedir a fluência natural. Por consequência, vivemos prisioneiros do passado, repetindo mais do mesmo.

Existem momentos em que somos convidados a cruzar o limiar, atravessar a fronteira entre aquilo que somos e o que queremos nos tornar. A vida nos convida a fazer a travessia da mudança e acolher o chamado essencial. Porém, diante da convocação ao novo podemos ficar paralisados, em cima do muro ou desapegar e seguir em frente. Em sã consciência não queremos ficar estacionados, principalmente quando o apego causa dor, queremos avançar, mas para continuar é preciso descongelar, soltar os medos, as inseguranças, as amarras.

Deixar para trás é também abrir brecha para o desconhecido, que pode ser muito bom, mas está naquele espaço do “não sei”. Não saber é assustador para muitos de nós. Por uma questão de sobrevivência, nossos antepassados desenvolveram a habilidade de se precaver em relação ao dia seguinte. Sem medo não sobreviveriam.

Essa herança genética, ainda hoje faz com que vivamos com medo do que possa vir acontecer no futuro, por conta disso, queremos controlar o máximo possível, logo, o caos é ruim, mas conhecido. A cobra larga sua pele para seguir em frente, o alce não segura sua galhada, eles apenas deixam fluir.

No que diz respeito aos humanos, ficamos apegados em realidades caóticas por não conseguirmos deixar para trás. Não abrir mão daquilo que nos machuca não parece lógico, mas o contrário significa liberar espaço para o desconhecido e isso, por vezes, pode ser mais desconcertante ainda.

CONGELAMENTO

Ficamos congelados em relações disfuncionais, em trabalhos sem significância, em ressentimentos. Na inércia do apego os dias passam e o futuro surge repetido num passado constante. Na desatenção desse congelamento diário e repetitivo seguimos assim, sem brilho, sem graça, sem vontade.

Por que contrariamos nosso próprio desejo de mudança vivendo vidas medíocres? Funcionamos assim, congelados, por ser muito desafiador percebermos a infinidade de possibilidades à nossa volta. A realidade é muito ampla e não temos capacidade de captarmos tudo o que acontece, tal como acontece.

Utilizamos nossas crenças e valores para filtrar a realidade dada. Se o que vivenciamos no passado foi experimentado de forma ampla tendemos a nos tornarmos mais expansivos. No entanto, se o que nos permitimos vivenciar no passado foi limitador congelamos em limitações.

Com base em experiências negativas encaixotamos nossos potenciais em contêineres estreitos e passamos a viver modelos limitados de nossas próprias percepções. Esses filtros podem ficar congelados em sensações que nos limitam no passado e continuam a reproduzir o mesmo sentimento no presente.

É como se nosso padrão referencial estivesse buscando comparar os acontecimentos do passado para poder reproduzi-los no futuro. No entanto, não é o passado que nos limita e sim os sentimentos negativos e excesso de emoções limitantes coladas nas experiências que vivenciamos.

Quando não entendemos determinada situação que ocorreu em nosso passado não damos por terminado, ao invés de seguirmos em frente de forma diferente repetimos a mesma experiência. De modo inconsciente, revivemos muitas vezes o conhecido, com pequenas nuances, comparamos, generalizamos e reproduzimos mais do mesmo. A intenção positiva dessa atitude repetitiva é aprender, sobreviver.

Construímos a realidade que parece ser a única possível e vibramos nela. Acredito que uma das maneiras mais eficientes de sairmos da armadilha de reproduzir inconscientemente aquilo que não queremos é nos tornando conscientes desse modo de funcionamento. O conhecimento é a chave para as possibilidades. “Conheça-te a ti mesmo” disse o oráculo de Delfos.

Quando conhecemos esses padrões operacionais passamos a ter possibilidades de fazer escolhas e descongelar os filtros.

OBSTÁCULOS INTERNOS E EXTERNOS

Criar uma vida nova, rica de aventuras, alegrias, bem-estar seria bem fácil se não fossem os obstáculos, as pedras no meio do caminho.

A transição de onde estamos para onde queremos chegar não acontece em linha reta, ao contrário, às vezes, navegamos por rios turbulentos com todas as armadilhas e precipícios. A questão é que estamos mudando o tempo todo, queiramos ou não. Podemos mudar conscientes ou alienados, mas como disse o filósofo “não entramos no mesmo rio duas vezes”.

Entre o ponto de partida e a chegada existem os impedimentos que aparecem em forma de obstáculos. Quando estabelecemos um novo objetivo a ser alcançado, na maioria das vezes, isso implica em desempenhar novas habilidades que nos tiram do lugar comum, da estabilidade habitual.

Quando estamos no meio do processo do desenvolvimento de uma nova capacidade nem sempre é agradável, a gratificação aparece depois, com a maestria.

Quem dirige carros sabe muito disso. No início o aprendizado parece complexo em demasia, mas com o tempo entramos no piloto automático da ação de dirigir.

Às vezes deixamos de dar passos na direção de nossos objetivos, por conta da falsa ilusão de que se agirmos assim, evitaremos situações desagradáveis, eliminaremos as barreiras. A questão é que quando deixamos de agir, os obstáculos vêm ao nosso encontro. Quando deixamos de fazer ou de agir estamos fazendo e agindo. Ou seja, a não ação é uma ação por si só. A questão é que aquilo que funcionou bem no passado pode se transformar em estratégias obsoletas no futuro.

Bem mais eficaz que tentar evitar o inevitável é compreender com clareza quais são os impedimentos internos e externos, e desse modo criar alternativas para lidar com os mesmos.

Os obstáculos externos podem ser incontáveis: de ordem financeira, de relações, de espaço, etc. Os obstáculos internos são nossos próprios fantasmas emocionais, medos, inseguranças, frustrações, angústias, etc.

Não é possível controlar as adversidades externas que acontecem independente de nossa vontade, no entanto, quanto melhor lidarmos com sentimentos e emoções internas, mais controle teremos sobre nós mesmos e desse modo lidaremos melhor com as objeções que apareceram ao longo da trajetória.

O CHAMADO

Os sinais de que algo em nós está pedindo transformação e mudança, muitas vezes surgem de modo sutil, porém se não atendemos ao chamado de nossa própria alma e continuarmos congelados naquilo que já foi, as consequências podem ser drásticas.

Quantas vezes ao longo do caminho sentimos cansaço e temos a sensação de estarmos numa verdadeira batalha. Perdemos o equilíbrio e a tranquilidade. Sem pausa, continuamos cambaleantes. Esquecidos de nós mesmos, deixamos de notar que por trás da máquina existe um ser sedento de atenção e que exige pausa.

Se ainda assim continuamos numa insistência descabida de contrariar a vontade essencial, estacionamos no caos.

No ciclo universal de mudanças o caos é apenas um lugar entre a turbulência e o desapego, uma peça que faz a roda girar. Para os humanos, por conta do apego o “caos” pode se transformar em local de estar. Nesse desassossego adoecemos, perdemos pessoas amadas, nos desestabilizamos, falimos. Tudo em nome de segurar o “conhecido”. Precisamos reconhecer os sinais e aceitar o chamado da transformação.

MOMENTO DO BASTA

O ser humano tem por prática geral mudar. No entanto, via de regra, começa a buscar algo novo que o satisfaça plenamente geralmente quando chega num estado extremo: a saúde debilitada, a vida profissional caótica ou os relacionamentos deteriorados. Por que agimos assim? Por que só reagimos quando já não aguentamos mais? Por que buscamos as mudanças essenciais em nossas vidas, quando já não dá mais e algo dentro de nós diz: Ou mudo ou morro!

A mudança, como disse, é algo que pertence à natureza da vida. Precisamos entender esse movimento genuíno, para que possamos fluir no contexto pessoal e profissional de forma natural e orgânica.

ENERGIA

É importante saber fazer escolhas sobre o que nos potencializa e aquilo que drena nossa energia. Nesse sentido até mesmo a escolha dos amigos é fundamental.

Ao convivermos grandes períodos com pessoas pessimistas, por exemplo,  podemos nos espelhar nesse tipo de sentimento predominante sem nos darmos conta disso. Na convivência existe uma troca permanente de energia, ao dar recebemos e vice versa.

Não é possível passar impune às camadas sutis de energia que estão presentes nos ambientes. É comum ouvir alguém dizer “nossa que ambiente carregado” ou “que agradável estar aqui”. Ou seja, não é possível observar as camadas mais sutis de vibração, no entanto elas influenciam de modo decisivo a qualidade de nossos pensamentos e ações.

VISUALIZAÇÃO

O tempo tem mostrado que a história não é linear, os progressos ocorrem  em saltos. Acontecem fatos de grande significado que alteram a rota que parecia ser natural. Uma década pode representar uma total mudança no curso da história.

Qualquer coisa criada por mulheres e homens brilhantes, antes de se materializar aconteceu no plano virtual, na mente. O desafio para a maioria de nós é justamente essa disposição em tomar tempo do dia para criar a realidade futura.

Nesse sentido ao alimentarmos nossa imaginação com algo que vai além do conhecido e experimentado saltamos degraus, ampliamos a tela mental e criamos nova visão. Ao elevar padrões virtualmente criamos condições para ir além. Surge o senso de convicção de que é possível.

Quanto mais alimentamos esse ideal de possibilidade deslizamos do plano virtual para o real. Sem a instigação na direção do inédito não geramos energia suficiente. Sem desafios fazemos apenas o necessário para manutenção.

Ao elevar o padrão virtualmente criamos condições para colocar as metas e agir. Sem querer algo maior do que aquilo que já se tem, não criamos desafios e não geramos nutrientes para efetuar uma mudança verdadeira.

Ao escrever sobre essas questões parece que estou dedicando tempo a falar de algo que parece óbvio, e é. O ponto é que as pessoas sabem o que fazer, porém pouquíssimas pessoas fazem aquilo que sabem para conseguir o objetivo desejado. Qual é razão desse acontecimento, desse fenômeno?

Existe uma diferença imensa entre o conhecimento racional e o orgânico. Saber sobre algo sem colocar em prática não significa nada. Em nossa cultura ocidental, aprendemos a dar absoluta importância para a razão e muitas vezes chegamos a menosprezar as emoções, os sentimentos. O que quero dizer é que o senso de convicção apaixonado é a diferença que faz as coisas saírem da virtualidade para se tornarem reais.

Somente quando criamos em nós esse senso de convicção absoluta é que nos orientamos em relação às metas.

OUSAR QUERER

Na infância tudo é novidade, muitas informações são inseridas e inúmeras são as vontades. A criança quer cheirar, pegar, morder, comer e está disposta a fazer qualquer coisa para ter o objeto de desejo.

Quando não consegue esperneia, chora, grita e aprende a limitar o que se quer. Bem pequenos, começamos a evitar as frustrações. No entanto, como ainda tem muito a ser conhecido e selecionado o desejo continua.

O adolescente deseja muito, mas realiza pouco, virtualmente tudo é possível, mas a prática é bem diferente da fantasia. Quando os hormônios se acomodam é a hora de conquistar o mundo e tudo parece possível.

O mundo não tem limites e então é hora de ousar. Por volta dos vinte e um anos de idade já organizamos no arquivo de nossas memórias, informações suficientes que servirão como base de comparação e generalização do que consideramos sucesso ou fracasso.

Depois que formamos o repertório de possibilidades ou limitações, passamos a querer a partir do que entendemos como realista. O sonhador perde espaço para o jogo de cartas marcadas.

Depois de passar muito tempo contando histórias daquilo que não é capaz e vibrando nelas o oposto parecerá impossível e assim acabamos por deixar de querer. Não se ousa mais querer, para se afastar da dor de não conseguir. Então, passamos a querer, via de regra, só aquilo que temos referência que iremos conquistar, mesmo não sendo o melhor. Claro que tudo se dá de forma inconsciente.

Independente da idade ou o quanto tenha chegado há lugares indesejados, qualquer momento é a hora de querer outra vez e encontrar os recursos adequados para conseguir.

É preciso ousar querer. Ousar querer vem antes ainda da tomada de decisão. Ousar significa ir além do estabelecido, do conhecido. A ousadia traz um senso de novidade e a partir daí vem a convicção. É mais forte quando queremos algo maior, algo novo, empolgante, que exige empenho e dedicação do que quando queremos apenas mais do mesmo.

Não somos nossas histórias limitantes construídas, somos muito mais do que isso. É preciso ousadia para que possamos lembrar que temos potencial e recursos ilimitados para nos tornarmos quem realmente queremos ser. É preciso ousar querer.

PRAZER NA TRAJETÓRIA

É importante que o lugar de chegada seja luminoso, empolgante, pleno, mas é fundamental encontrar satisfação na trajetória para que valha a pena superar os obstáculos ou mesmo abrir mão de prazeres de agora em benefício desse algo maior localizado no futuro.

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